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Ter cópia de seus arquivos digitais, sejam eles fotografias ou quaisquer outros arquivos, é uma regra que deve ser seguida à risca. Tanto é que existe o Dia Mundial do Back Up que é no 31 de março. Enquanto ele não chega, deixa eu comentar sobre alguns cuidados que devem ser tomados. Abaixo estão cinco dicas importantes e que podem ajudar muito você a ter um acervo protegido:

1 – Planejamento
Não adianta sair comprando discos externos sem um bom planejamento. A primeira coisa a levar em conta ao criar um sistema é que a tecnologia evolui muito rapidamente, portanto minha sugestão é que você pense num prazo máximo de cinco anos. As mídias mudam e seu preço cai de maneira violenta em pouco tempo. Considere uma estrutura que dure por uns dois anos e vá fazendo aportes conforme a necessidade.

2 – Organização
Se você simplesmente sair copiando os arquivos sem uma organização, talvez você tenha uma dificuldade muito grande para encontrar aquela foto específica. Softwares como o Lightroom tem mecanismos que ajudam muito, mas é necessário que você tenha seus arquivos sob uma estrutura minimamente organizada. Aliás, tem um post que eu trago algumas dicas nesse link.

3 – Mídias
Existem várias opções aqui. Algumas como CDs e DVDs já não fazem mais sentido e aquelas fitas magnéticas (LTO) estão voltadas para estruturas muito grandes de armazenamento.
Sistemas RAID (redundant array of independ drives) é uma opção que conecta vários discos rígidos e garantem a cópia pela redundância. Os problemas que eu vejo estão relacionados ao seu preço e ao fato que muitas vezes têm tecnologia proprietária, ou seja, você fica amarrado a alguma empresa.
Os hard drives (HDs) externos são ainda, na minha opinião, a melhor opção. São relativamente baratos, comportam muita informação e apresentam uma boa vida útil (cerca de cinco anos). Os HDs portáteis não são recomendados para armazenamento.
Já os SSDs, que são esses discos externos menores e mais resistentes a quedas se comparados aos HDs, são ótimos no dia a dia, mas não são recomendados para o armazenamento.

4 – Off-Site
E antes de falar em off-site, deixa eu comentar sobre a quantidade de cópias. Aquele material que eu julgo muito importante, eu tenho três cópias. E ao atualizar meus HDs, acabo criando novas, portanto há uma certa segurança.
Das lições do 11 de setembro, lembramos que não adianta ter várias cópias do material todas guardadas no mesmo lugar. Se for usar HDs, espalhe em mais de um endereço, assim você aumenta sua segurança.
E aqui entra uma solução muito prática, a nuvem. Os adjetivos que vêm a nossa mente quando falamos em nuvem são coisas como etérea, inofensiva, natural e infalível. Lamento informá-los mas a nuvem tecnológica não é nenhuma destas coisas. Ela é densa, pouco sustentável, artificial, complexa, cara e, para completar, falível. Mas é muito prática. Eu sou grande fã do Dropbox. Uso para meus documentos e aos poucos estou levando a nata do meu acervo fotográfico para lá. Apenas isto, só os melhores arquivos. Seja como garantia ou seja para um acesso remoto no outro lado do mundo.

5 – Off-Line
Depois de ter perdido um HD por causa de um pico de energia, o qual passou pelo meu no-break, não deixo mais meus HDs conectados à tomada. Passei a usar o que é conhecido como nearline, ou seja, meus HDs estão próximos e são facilmente conectados quando necessário. Acho muito mais garantido.

Aí estão cinco dias simples, mas um tanto úteis. E vale a pena ter cuidado, pois nossas memórias hoje estão guardadas em formato digital. Claro que eu acredito que todo fotógrafo deve ter suas melhores fotos impressas também, mas isto é papo para outro post. Conforme comentei, minha estratégia de back up é através de HDs externos de 8G ou 12G que estão sempre perto de mim, mas não conectados. Em termos de nuvem, uso Dropbox para tudo e aos poucos estou levando minhas melhores fotos pra lá.