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Flores

Para quem vive do turismo, o período da pandemia foi duplamente difícil. O mercado simplesmente desapareceu de um dia para o outro. Literalmente sem ter o que fazer, minha mulher desenvolveu um novo negócio do zero: arranjos de flores. Mais do que um novo projeto, ela encontrou, naqueles momentos lidando com as flores, uma forma de manter a serenidade. Eu acompanhei a jornada e passei a fotografar os arranjos para que ela pudesse fazer sua divulgação. E adorei fotografar as flores. Fotograva como há muito não fazia. Como eu seguido ia buscar flores no fornecedor, sempre escolhia algumas a mais para fazer alguns ensaios. Acabei criando algumas imagens que hoje decoram nossa casa.

Mesmo tendo uma obtenção simples, encontrar a melhor composição ou trazer à tona detalhes na hora do tratamento da imagem são alguns dos desafios que tornam essa fotografia atraente. Não raras as vezes passei horas entre a captura e a imagem final de apenas um  arranjo.

Morando em uma casa com jardim, logo o olhar se acostuma a encontrar novos assuntos para fotografar. As citronelas após a chuva foram um destes casos. Aqui o grafismo é mais evidente e as gotas trazem volume às folhas planas.

 

Buscando ir um pouco além, fiz algumas imagens com arranjos de lírios refletidos na água. Como são flores maiores e de cores intensas, seu reflexo cria imagens muito impactantes. Tanto a imagem que abre esse artigo como essa acima são exemplos dessa técnica, a qual quero me aventurar novamente.

Ao final de cada página escolho uma imagem que me agrada e faço uma simulação dela como um quadro. Dessa vez, optei por uma foto de um corredor da própria casa onde tenho algumas destas fores expostas. Montadas com passe-partout e molduras de alumínio, fiz uma série de quadros e os fico revezando.